Uma jornada pessoal de reconhecimento e libertação das vozes internas que nos atormentam, buscando o amor genuíno em meio ao luto.
Carnaval e Contrastes:
Por ser Carnaval, era esperado que eu estivesse animada e feliz, afinal, era a primeira viagem que eu fazia depois de um longo e tenebroso inverno. Na verdade, essa viagem marcava um período desde que me tornei viúva – seis meses, para ser mais precisa.
Cada ação minha parecia requerer uma justificação. Sentia como se não fosse permitido voltar a ser feliz. Imaginava olhares invisíveis me questionando: “Como você pode estar sorrindo? Acabou de perder o marido!”. Mas esses questionamentos não vinham de fora; eram as vozes da minha cabeça, meu algoz interno, sempre pronto a me criticar.
O Poder do Autoconhecimento:
Hoje, após um profundo processo de autoconhecimento e enfrentando outra dolorosa perda, percebo que esse algoz ainda reside em mim. Mas agora, reconheço suas falácias e escolho ouvir a voz que prega o amor, pois só o amor é genuíno. O amor acolhe, incentiva, eleva.
E se hoje esse crítico interno me desafiasse, questionando como posso sorrir após perder um filho, minha resposta seria firme: Sim, sorrio porque era assim que meu filho amava me ver – radiante e absolutamente feliz.
Que cada um de nós possa se libertar dos julgamentos, começando pelos próprios e depois dos alheios. A chave para a felicidade não está nas opiniões dos outros, mas em ouvir nossa verdadeira voz interior. Liberte-se.
E você, já se permitiu escutar sua verdadeira voz interior?